quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Cheirinho a bolos

Andava eu na minha vidinha caseira, qual Fada do Lar, quando oiço uns gritinhos e uns barulhinhos como que a chamar-me. Ela tinha acordado.
Aproximei-me devagarinho, para me deparar com o sorriso desdentado mais bonito que alguma vez vira (parece que ao olha-lo sinto uma onda de calor e de boas vibrações). Era hora do lanche.
Peguei nela, senti o seu corpinho quente junto ao meu e inspirei, cheirava a bolos (sim, sim, ela parece que cheira a uma pastelaria á primeira hora da manhã). Depois, lá fui eu, dar de comer a quem tinha fome.

A Cólica

Era um choro baixinho, como que de um lamento se tratasse, de repente e sem mais, transformou-se num trovão forte e poderoso, que aparecia em ondas bravias.
Ele pegou-lhe, fez-lhe ginástica, massagens, nada. Nada parecia acalma-la. Dei-lhe o meu peito, dei-lhe beijos e carinhos e em troca recebi somente gritos.
Em desespero chorei também, não podia permitir que ela estivesse a passar por semelhente tormenta e eu tão impotente.
De repente, a calma... e ficamos os três como que em transe por uns momentos, até que ela adormeceu nos meus braços de exaustão.

O cívismo

Penso que, num supermercado, toda a gente já deve ter ficado numa fila prioritária. Sabemos que estamos sujeitos a ficar ali uma série de tempo, porque pode aparecer uma invasão de grávidas ou mesmo pessoas com crianças, (que cinco minutos antes andavam aos pinotes no corredor dos brinquedos, mas que agora vão ao colo) e somos obrigados a ceder a vez.
Quando estava muito grávida dirigia-me orgulhosamente para essas filas, para logo depois me arrepender por levar com uma série de olhares intimidatórios, que me fulminavam sempre que os confrontava com o meu "estado".
Recentemente, estando eu numa fila interminavel há muito tempo, apercebi-me que era uma caixa desse género e que á minha frente não parecia estar ninguém que pudesse beneficiar dessa benece.
Desculpe, a Sra está grávida? Não, então lamento mas irei passará sua frente
- bem, para o que me havia de ter dado, esta senhora e o grupo que a acompanhava íam-me fuzilando logo ali... ao que nós chegamos, até andam com crianças ao colo para passar na fila - eu poderia ter dito: o que quer que eu faça, que leve a bébé a arrastar pelo chão??
É por estas e por outras que considero que há pessoas que mais valia pagarem uma lobotomia...vejam só a estupidez!

O problema da roupa


Eu amamentei só até aos três meses, achei desconfortavel... É assim, para mim não é a maior das maravilhas e de início foi complicado: a falta de geito, as dores - vira e mexe e lá estava eu de mama ao leu - mas convenhamos, tem beneficios. Beneficios egoistas: não gasto dinheiro em leite em pó, não tenho de andar ás voltas com montanhas de biberons e mais esterelizar; beneficios partilhados: sinto que ela gosta de estar assim tão junto a mim, é um momento de calma e relaxamento para ambas, é algo que é só nosso!
Por mim, enquanto tiver e o pediatra aprovar, continuo a amamentar - não me importa o facto de ter aumentado tanto de busto que quase não tenho camisolas que me sirvam.