Há muito que sabia que ela existia: já a tinha sentido (e foi algo indescritivelmente estranho), já tinha ouvido o seu coraçãozinho, agora ía vê-la, conhece-la, cheira-la.
Não foi como nos filmes, não a colocaram nos meus braços - eu estava atada á maca ( deviam temer que eu fujisse), chegaram-na á minha cara e eu chorei! Chorei profusamente! Chorei de alegria, chorei de agradecimento, chorei pela sua inocência, chorei pela sua perfeição sei lá... se calhar chorei também por achar que o pior já tinha passado.
Depois, colocaram-na perto de mim... um pedacinho de mim...foi especial! De repente eu era a pessoa mais forte do Universo, quais agulhas, quais cateteres...eu era uma MÃE.
E ali fiquei eu, remechida daqui e dali mas sem conseguir tirar os meus olhos daqueles outros mais pequeninos que iniciavam agora a sua incursão, ainda névoa, neste Mundo.